15/10/2012

Crítica - Nanashi no Game (NDS)

Lembrem-se, lê-se da direita para a esquerda!

Título: ナナシ ノ ゲエム (Nanashi no Game)
Produtora: Epics
Publicadora: Square Enix
Data de Lançamento: 2008.07.03 (Japão)

Este jogo de terror lançado em 2008 para a Nintendo DS recebeu recentemente um patch de tradução completa para o inglês, por parte de fãs, como é óbvio. Como tinha conhecimento de que o jogo adquiriu um certo estatuto de culto pelo Japão, e depois de ter visto alguns vídeos, fiquei muito entusiasmado para começar assim que pudesse.

"Riko: Finalmente reparaste?" Que ela está pálida como um vampiro?

"Tanto kanji... este vai demorar umas horas."

História: A história é uma cópia da do livro "Ringu" (adaptado para o cinema americano como "The Ring"), em que existe um objeto amaldiçoado que ao ser visto deixa a pessoa com apenas 7 dias de vida. Neste caso trata-se de um jogo para a TS, a consola portátil mais popular do momento, que permite download de jogos, receber e-mails, etc. Não se sabe muito bem porque é que o jogo anda a circular, porque isso não vai salvar ninguém de morte certa (como no "Ringu"), mas no final tentam dar uma explicação mais ou menos convincente.
O nosso papel no jogo é precisamente ser uma das vítimas da maldição e usar os 7 dias para desvendar o mistério por detrás deste jogo, ao longo dos quais veremos alguns amigos a morrer e exploraremos locais inóspitos como hospitais abandonados, hotéis abandonados ou casas abandonadas. Qual a história de terror que não coloca uma pessoa comum a visitar sítios onde nunca se atreveria a entrar?
Existe um paralelismo entre o jogo e a realidade, pelo que alguns quebra-cabeças são resolvidos interligando ambos os mundos, e acaba por ser aí que a história banal ganha algum apreço: na forma como é contada.

Gráficos: Dos melhores que a NDS pode oferecer, tanto durante o mundo real como durante o jogo de 8-bits, cujo aspecto de típico RPG da era NES transborda muita qualidade dentro das limitações gráficas dessa era. Só fiquei desapontado com os efeitos de luz nas áreas em que usamos lanterna, mas não surpreso.

Oh não... aquele anúncio tem uma das AKB48!

Já reparaste no tamanho daquelas rosas?

Jogabilidade: Eis outro aspecto muito próprio deste jogo, que lhe ajuda a criar uma certa aura única. Durante as fases do jogo amaldiçoado, apresenta-se um controlo típico de RPGs NES, pelo que quanto a isso não há nada a apontar. Já o controlo no mundo real é feito através do touchscreen, estando a DS posicionada horizontalmente, como um livro. No ecrã direito temos uma extensão da visão de jogo, com a qual não podemos interagir. No ecrã esquerdo é onde reside o foco dos nossos movimentos e ações. Tocar no centro serve para avançar e à volta disso controlamos a direção para onde olhar. Em conjunto com o D-Pad, fazemos o resto dos movimentos como andar para trás ou para os lados. É um método que requer pouco tempo de aprendizagem, mas que apesar disso nunca se torna tão funcional como às vezes queremos. Mas pelo menos nunca se torna frustrante, o que é bom.
Note-se que o jogo amaldiçoado requer jogar com a DS na sua posição normal.

É bom que saibas nadar.

Um dos muitos glitches que preenchem o jogo amaldiçoado.

Ambiente: É provavelmente a melhor parte do jogo, havendo um contributo mútuo entre o sonoro e o gráfico. Embora apenas os dois ou três primeiros dias provoquem realmente algum medo, criando-se a partir daí uma certa habituação aos fantasmas que vagueiam pelo cenário. A partir daí achei que o jogo tornou-se apenas um pouco mais difícil e menos assustador.

Em conclusão, o jogo não é muito longo, mesmo com dois finais (ligeiramente) distintos, mas é eficaz em trazer terror para a Nintendo DS. Em termos culturais não introduz nada de novo ou que valha a pena descobrir, mas como experiência entretém bastante. Recomendo sobretudo que joguem à noite, no escuro do quarto, como qualquer outro jogo de terror.

Wikipedia (Inglês)
Site Oficial (Japonês)

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